sábado, 26 de novembro de 2011

Greve de dia 24

Pois é, tivemos mais um dia de greve.

A greve, no verdadeiro sentido da mesma, é um instrumento de que a população dispõe para contestar o governo que entretanto elegeu.

Hoje em dia, na maioria dos casos, serve somente para muitos ficarem em casa a tratar dos seus afazeres pessoais enquanto entidades como os sindicatos organizam as ditas cujas.

Vamos ver uma coisa: De que é vos serve a greve neste momento se o governo actual tem que governar com as regras ditadas pelos outros?

Seja de que forma for, estamos de mão estendida graças ao anterior PM, que aproveitou e pôs-se a andar para efectuar estudos superiores em Filosofia (há-de lhe valer de muito, mesmo... é como aquela atriz que é deputada por Lisboa e no entanto mora em Paris, que é outro disparate que não percebo).

E assim havemos de continuar por pelo menos uma década. Estamos de calças em baixo e estamos a ser violados por tudo quanto é entidade que nos emprestou dinheiro.

Sejam gente inteligente, e vão trabalhar, pois as greves em nada ajudam. Muito pelo contrário, começamos a ver situações como cocktails molotov atirados às repartições de finanças. O que é que se segue? Bombas à porta do Parlamento? Carros de ministros e secretários de estado armadilhados? Rapto de membros do governo?

Tenham mas é juízo, porque no fim de contas, temos que gramar este governo até 2015. Em 2015 damos a machadada (ou então adotamos o género mais ovelha que é voltar a votar neles.)

Numas coisas concordo com este governo: As administrações das EPE Hospitalares devem ter pelo menos um gestor, e é esse cavalheiro o encarregado de gerir a guita que entra e sai. Isto de administrações exclusivamente feitas por pessoal médico só dá cagada uma vez que a preocupação deles (e é uma preocupação legítima) é tratar as doenças. Ponto. E para tal precisam de um fornecimento contínuo de material. Mas depois há sempre a questão do pagamento... e esse infelizmente é a pior questão.

Este governo até foi mais longe do que eu pensava ao ter dito: O melhor a fazer é emigrar. Note-se que não nos estão a expulsar (nós, os jovens e activos), mas sim a dizer: "Isto vai ficar mau, portanto façam-se à vida". Honestamente se eu e a minha esposa não tivéssemos a vida organizada cá em PT, já nos teríamos posto no mais velho e dado corda ao sapatinho.

Àqueles que ficam, eu digo: Aguentemos, gente... pois isto irá ficar mau.
Àqueles que vão: Têm sempre um lugar na vossa terra. Infelizmente não é agora.

Que lição tiramos desta greve? Ficou tudo na mesma como a lesma. Deixem-se de merdas e vão trabalhar.


Sem comentários: